INTRODUÇÃO À HISTÓRIA SOCIAL DA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA - HISOEM

  • Fredy González Universidade Federal de Rio Grande do Norte (UFRN)
    fredygonzalezdem@gmail.com
Palabras clave: Campo Disciplinar, Evolucionismo Conceitual, Situação Social, Práticas Socioculturais

Resumen

A questão norteadora deste ensaio é: como aconteceu o processo que propiciou a emergência e o desenvolvimento da Educação Matemática, até se converter num campo disciplinar e de pesquisa, tanto prática quanto teórica? Será oferecida uma resposta na perspectiva da História Social da Educação Matemática – HISOEM que leva em consideração as práticas socioculturais associadas com processos de ensino, aprendizagem, estudo, avaliação, criação das Matemáticas - tanto acadêmicas quanto escolares e cotidianas - que são protagonizadas por diversos autores/atores - tanto reconhecidos como autores/atores de referência quanto anônimos: professores de aula, vendedores de rua, artistas de diversas áreas, artesãos, bonequeiros, costureiras, etc. O aspecto central desta perspectiva é examinar o desenvolvimento no tempo (História) das interações entre os protagonistas (atores e autores de referência) das diversas situações e práticas sociais (Sociologia) nos múltiplas contextos (cenários de difusão) onde são desenvolvidas práticas de ensino, aprendizagem, estudo e avaliação das diversas variedades da Matemática: acadêmica, escolar e cotidiana (a que é utilizada pelas pessoas nas suas variadas atividades, tanto profissionais quanto não profissionais, como às dos marceneiros, pedreiros, e muitos outros operários ou técnicos; como também assim os artesãos, pescadores, etc.). As noções teóricas assumidas são: as ideias de campo científico, evolucionismo conceitual, prática sociocultural, enfoque histórico cultural e situação social. Metodologicamente, trata se de uma pesquisa teórica documental de natureza reflexivo-interpretativa. Se conclui que a constituição como disciplina da Educação Matemática é um processo epistemológico, sociológico e histórico essas três perspectivas são o fundamento da concepção da HISOEM subscrita nesta exposição

Descargas

La descarga de datos todavía no está disponible.

Biografía del autor/a

Fredy González, Universidade Federal de Rio Grande do Norte (UFRN)
Doctor en Educación (Universidad de Carabobo, Venezuela, 1997); Master en Matemática (Universidad de Carabobo, Venezuela, 1994); Profesor de Matemática (Instituto Pedagógico de Caracas, 1974); Profesor jubilado de la Universidad Pedagógica Experimental Libertador (UPEL, Núcleo Maracay, Estado Aragua, Venezuela); Coordinador Fundador del Núcleo de Investigación en Educación Matemática “Dr. Emilio Medina” (NIEM); Coordinador Fundador del Doctorado en Educación Matemática (DEM-UPEL); Profesor Invitado en: Universidad de Granada (España), Universidad de San Carlos (Guatemala), Universidad Autónoma de Santo Domingo (República Dominicana); Universidad de Cartagena (Colombia), Universidad Simón Bolívar (Barranquilla, Colombia); Universidad Luterana de Brasil, Universidad Federal de Rio Grande do Norte, Universidad Federal do Pará (Brasil), Universidad Mayor de San Andrés (UMSA, Bolivia), Universidad de Panamá; Universidad INTEC (República Dominicana); Teachers College de la Columbia University (New York, USA); además, es Profesor Visitante Extranjero en la UFRN 2018-2021, Investigador Invitado del Grupo de Estudos da Complexidade (GRECOM, UFRN) y coordina el Proyecto de Historia Social de la Educación Matemática en América Latina (HISOEM-AL).

Citas

BARROS, José D’Assunção. Uma “disciplina” – entendendo como funcionam os diversos campos de saber a partir de uma reflexão sobre a História. OPSIS, v. 11, n. 1, p. 252-270, 2011.

BEN-DAVID, J. Sociologia da Ciência. Tradução Newton T. Gonçalves. Rio de Janeiro: FGV, 1975. p.1-32.

BICUDO, I. Educação Matemática e Ensino de Matemática. Temas & Debates, ano IV, n. 3, p. 31-42, 1991.

BICUDO, M. A. V. Pesquisa em educação matemática. Pró-posições, v. 4, n. 1, p. 18-23, out. 1993.

BICUDO, M. A. V. Ensino de Matemática e Educação Matemática: algumas considerações sobre seus significados. Bolema, v. 12, n. 13, p. 1-11, 1999.

BOURDIEU, Pierre. O campo científico. In: ORTIZ, Renato (org.). Pierre Bourdieu: sociologia. São Paulo: Ática, 1983.

BOURDIEU, Pierre. Os usos sociais das ciências: por uma sociologia clínica do campo científico. São Paulo: Unesp, 19832004.

BOURDIEU, Pierre. A causa da ciência: Como a história social das ciências sociais pode servir ao progresso das ciências. Política & Sociedade, Vol. 1, Nro. 1; 143-161. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/politica/article/view/4937

CARVALHO, J. B. P. de. O que é Educação Matemática?. Temas & Debates, ano IV, n. 3, p. 17-26, 1991.

DANTE, L. R. Algumas reflexões sobre Educação Matemática. Temas & Debates, ano IV, n. 3, p. 43-49, 1991.

FERREIRA, V. L.; SANTOS, V. de M. O Processo Histórico de Disciplinarização da Metodologia do Ensino de Matemática. Bolema, v. 26, n. 42A, p. 163-191, abr. 2012.

GARCIA, Fernanda Hart; GARCIA, Denis da Silva. Reconhecendo a Educação Matemática Campo de Pesquisa e Investigação. In: VIII Jornada Nacional de Educação Matemática e XXI Jornada Regional de Educação Matemática. Universidade de Passo Fundo – Passo Fundo, Rio Grande do Sul – 06 a 08 de maio de 2020. P. 1-8 Disponível em: https://www.upf.br/_uploads/Conteudo/jem/2020/Anais%202020%20-%20eixo%202/JEM2020_paper_23.pdf.

GONZÁLEZ, Fredy Enrique. História, Educação, Matemática: relações virtuosas. Em DORR, Raquel; NEVES, Regina. (Org.). Cenários de Pesquisa em Educação Matemática. São Paulo Paco Editorial, 2020. Pp 95-122.

GORMAN, Hugh S. The Story of N. A Social History of the Nitrogen. Cycle and the Challenge of Sustainability. New Brunswick, NJ: Rutgers University Press. ISBN 978–0–8135–5439–6 (e-book) 2013.

LATOUR, B.; WOOLGAR, S. La vie de laboratorie. Paris: La Découverte, 1988.

MENDES, I. A.; SILVA, C. A. F. da. Problematização de práticas socioculturais na formação de professores de Matemática. Revista Exitus, [S. l.], v. 7, n. 2, p. 100-126, 2017. DOI: 10.24065/2237-9460.2017v7n2ID303. Disponível em: http://www.ufopa.edu.br/portaldeperiodicos/index.php/revistaexitus/article/view/303. Acesso em: 7 jan. 2021.

MIGUEL, A.; GARNICA, A. V. M.; IGLIORI, S. B. C.; D’AMBROSIO, U. A educação matemática: breve histórico, ações implementadas e questões sobre sua disciplinarização. Revista Brasileira de Educação, n. 27, p. 70-93, dez. 2004.

PESTRE, Dominique. Por uma nova história social e cultural das ciências: novas definições, novos objetos, novas abordagens. Cadernos IG/UNICAMP, Campinas, v. 6, n. 1, p. 3-56, 1996.

SÁNCHEZ SIERRA, C. C.; MORALES GIRALDO, S. M.; GAR- CÍA ROLDÁN, D. V. Descripción de una ecología intelectual escolar respecto a la comprensión del concepto de Campo Eléctrico: La argumentación como agente revelador de dicha ecología. 2014. 150f. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura en Matemáticas y Fí- sica) – Universidad de Antioquia, Medellín, Colombia. Disponível em: http://bit.ly/360HDRW. Acesso em: 06 jan. 2021.

SOUTO, Romelia Mara Alves. História na Educação Matemática: um estudo sobre trabalhos publicados no Brasil nos últimos cinco anos. Bolema, v. 23, n. 35B, p. 515-536, abr. 2010.

TOULMIN, Stephen. La comprensión humana, v. I: El uso colectivo y la evolución de los conceptos. Madrid: Alianza Editorial, 1997.

VALENTE, Oito temas sobre História da educação matemática. REMATEC, Natal (RN) Ano 8, n.12/ Jan.-Jun. pp 22-50. 2013

VALENTE, Wagner Rodrigues. A matemática escolar: epistemologia e história. Revista Educação em Questão, v. 23, n. 9, p. 16-30, 15 ago. 2005.

VALERO, Paola. La educación matemática como una red de prácticas sociales. In: VALERO, Paola; SKOVSMOSE, Ole (eds.). Educación matemática crítica. Una visión sociopolítica del aprendizaje y la enseñanza de las matemáticas. Bogotá: una empresa docente, 2012, p. 299-326. Disponível em: http://bit.ly/2rWdmVy. Acesso em: 08 jan. 2021.

Publicado
2022-01-18
Métricas
  • Visualizaciones del Artículo 304
  • PDF downloads: 199
Cómo citar
González, F. (2022). INTRODUÇÃO À HISTÓRIA SOCIAL DA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA - HISOEM. PARADIGMA, 43(1), 443-453. https://doi.org/10.37618/PARADIGMA.1011-2251.2022.p443-453.id1179