ENFOQUES NARRATIVOS EN LA INVESTIGACIÓN EDUCATIVA BRASILEÑA

  • Maria da Conceição Passeggi Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN |Universidade Cidade de São Paulo- UNICIDSão Paulo, Brasil
    mgrozo@hotmail.com https://orcid.org/0000-0002-4214-7700

Resumen

El objetivo de esta reflexión es presentar las aperturas epistemológicas, proporcionadas por los enfoques narrativos en el ámbito de la investigación cualitativa en Educación y más específicamente las direcciones que han tomado en Brasil. Para ello, consideraré como base los estudios que he realizado en los últimos veinte años y los caminos trazados junto con investigadores brasileños, europeos y de la latino-américa para la constitución del movimiento biográfico internacional. Presento, inicialmente, tres enfoques narrativos, en los que sitúo mi investigación: el de las historias de vida en formación (Pineau y Le Grand, 2012; Nóvoa y Finger, 2010; Dominicé, 2000), el de la investigación biográfica en la educación (Delory-Momberger, 2000; Peter Alheit, 2014) y el de la investigación (auto)biográfica (Passeggi, Souza, 2017; Abrahão, 2004). Trataré de discutir las afiliaciones de estos enfoques y me centraré, aunque sea brevemente, en dónde difieren y dónde coinciden. A continuación, examinaré los principios epistemológicos que subyacen a los tres tipos de apuestas que se infieren de estos planteamientos: una apuesta epistemopolítica, una apuesta descolonizadora y una apuesta pos disciplinaria, que sirven de base para esbozar lo que llamaré aquí paradigma narrativo-autobiográfico, centrado en la íntima relación entre "la vida, la experiencia vivida y la ciencia", tal como propone Dilthey (2010). Finalmente, discuto las promesas e incertidumbres del paradigma narrativo-autobiográfico, problematizando la forma en que la subjetividad entra muy tímidamente en la investigación educativa. Me centraré en algunas nociones arraigadas en la experiencia vivida por los actores sociales (adultos, jóvenes, niños), que justifican otra forma de considerar la singularidad y la subjetividad en los procesos educativos en una sociedad profundamente cambiante. Las consideraciones abiertas van en el sentido de destacar que el conocimiento producido en los enfoques constitutivos del paradigma narrativo-autobiográfico está enraizado en la vida y en la defensa de la vida.Palabras clave: Enfoques narrativos. Paradigma narrativo-autobiográfico. Experiencia vivida. Reflexividad.Abordagens Narrativas na Pesquisa Educacional BrasileiraResumoO objetivo da presente reflexão é apresentar aberturas epistemológicas, propiciadas pelas abordagens narrativas no âmbito da pesquisa qualitativa em Educação e mais especificamente os rumos que elas tomaram no Brasil. Para tanto, considerarei como base os estudos que conduzi, ao longo dos últimos vinte anos, e os caminhos traçados em conjunto com pesquisadores brasileiros, europeus e das Américas para a constituição do movimento biográfico internacional. Apresento, inicialmente, três abordagens narrativas em educação, nas quais situo as minhas pesquisas: a das histórias de vida em formação (Pineau e Le Grand, 2012; Nóvoa e Finger, 2010; Dominicé, 2000), a da pesquisa biográfica em educação (Delory-Momberger, 2000; Peter Alheit, 2014) e a da pesquisa (auto)biográfica (Passeggi, Souza, 2017; Abrahão, 2004). Procurarei discutir as filiações dessas abordagens e focalizarei, ainda que brevemente, em que diferem e em que coincidem. Discutirei em seguida, princípios epistemológicos subjacentes a três tipos de apostas que se depreendem dessas abordagens: uma aposta epistemopolítica, uma decolonizadora e uma aposta pós-disciplinar, que servem de fundamento para esboçar o que denominarei aqui de paradigma narrativo-autobiográfico, centrado na íntima relação entre “a vida, a experiência vivida e a ciência”, conforme propõe Dilthey (2010). Finalmente, discuto promessas e incertezas do paradigma narrativo-autobiográfico, problematizando a forma como a subjetividade ingressa muito timidamente na pesquisa educacional. Focalizarei algumas noções enraizadas na experiência vivida dos atores sociais (adultos, jovens, crianças), que justificam uma outra forma de considerar a singularidade e a subjetividade nos processos educativos numa sociedade em profunda mutação. As considerações em aberto vão no sentido de destacar que os conhecimentos produzidos nas abordagens constitutivas do paradigma narrativo-autobiográfico se enraízam na vida e na defesa da vida.Palavras-chave: Abordagens narrativas. Paradigma narrativo-autobiográfico. Experiência vivida. Reflexividade.Narrative approaches in Brazilian educational researchAbstractThe objective of this reflection is to present epistemological openings, provided by narrative approaches in the scope of qualitative research in Education and more specifically the directions they have taken in Brazil. To this end, I will consider as a basis the studies that I have conducted over the last twenty years and the paths traced out together with Brazilian, European and American researchers for the constitution of the international biographical movement. I present, initially, three narrative approaches in education, in which I place my research: that of life stories in formation (Pineau and Le Grand, 2012; Nóvoa and Finger, 2010; Dominicé, 2000), that of biographical research in education (Delory-Momberger, 2000; Peter Alheit, 2014) and that of (auto)biographical research (Passeggi, Souza, 2017; Abrahão, 2004). I will try to discuss the affiliations of these approaches and will focus, even if briefly, on where they differ and where they coincide. I will then discuss the epistemological principles underlying three types of bets that are inferred from these approaches: an epistemopolitical bet, a decolonizing bet, and a post-disciplinary bet, which serve as a basis for outlining what I will call here a narrative-autobiographical paradigm, centered on the intimate relationship between "life, lived experience and science," as proposed by Dilthey (2010). Finally, I discuss the promises and uncertainties of the narrative-autobiographical paradigm, problematizing the way the subjectivity enters very timidly into educational research. I will focus on some notions rooted in the lived experience of social actors (adults, youth, children), which justify another way of considering singularity and subjectivity in educational processes in a profoundly changing society. The open considerations go in the sense of highlighting that the knowledge produced in the constitutive approaches of the narrative-autobiographical paradigm is rooted in life and in the defence of life.Keywords: Narrative approaches. Narrative-autobiographical paradigm. Lived experience. Reflexivity.

Descargas

La descarga de datos todavía no está disponible.

Citas

Abrahão, M.H. (2004). (Org.) A aventura (auto)biográfica. Teoria e empiria. Edpucrs, Brasil.

Alheit, Peter; Daussien, Bettina. (2006, jan./abr.). Processo de formação e aprendizagem ao longo da vida. Educação e Pesquisa, São Paulo (volumen. 32, n. 1), p. 177-97.

Barthes, R. (1966). Introduction à l’analyse structurale des récits. Communications (8) pp.1-27, Paris, França, Seuil.

Bertaux, D. (2010). Narrativas de vida. A pesquisa e seus métodos. Trad. Zuleide Cavalcante e Denise Lavallée. Natal, Edufrn; São Paulo, Paulus.

Bolívar, A.; Segovia, J.D. (2019). La investigación (auto)biográfica en educación. Barcelona, Octaedro.

Brockmeier J.; Harré. (2003). Narrativa: problemas e promessas de um paradigma alternative. Psicologia: Reflexão e Crítica (volumen 16-3), p. 525-535.

Bruner, J. (1997). ... car la culture donne forme à l'esprit. De la révolution cognitive à la psychologie culturelle. Paris : Eshel.

Bruner, J. (1991, Autumn). The narrative construction of reality. Critical Inquiry, 18(1), pp. 1-21. Recuperado de https://www.journals.uchicago.edu/doi/10.1086/448619?mobileUi=0 A construção social da realidade. Trad. Waldemar Ferreira Netto. Recuperado de https://www.academia.edu/4598706/BRUNER_Jerome._A_constru%C3%A7%C3%A3o_narrativa_da_realidade

Catani, D. B.; Bueno, B. A. O.; Souza, C. P.; Sousa, M. C. C. (1994, n.1/2 ). Docência, Memória e Gênero: estudos alternativos sobre a formação de professores. Psicologia, volumen (4), pp. 299-318.

Da Câmara, S. C. (2012, Julio 18). O memorial autobiográfico. Uma tradição acadêmica do ensino superior no Brasil. [Tesis de pregrado, doutorado]. Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, Brasil.

Delory-Momberger, C. (2005). La recherche biographique en éducation. Anthropos, Paris, França.

Delory-Momberger, C. (2000). Histoire de vie. De l’invention de soi au projet de formation. Anthropos, Paris, França.

Delory-Momberger, C. (2003). Biographie et éducation. Figures de l’individu-projet. Paris, França, Anthropos.

Delory-Momberger, C. (2014). Biografia e educação. Figuras do indivíduo-projeto. Trad. Maria Passeggi, João Gomes da Silva Neto, Luis Passeggi. Natal, Brasil: Edufrn Paulus.

Delory-Momberger, C. (2019). Vocabulaire des Histoires de Vie et de la Recherche Biographique. Toulouse, França. Érès.

Dominicé, P. (2000). L’histoire de vie comme processus de formation. Paris, França, L’Harmattan.

Dominicé, P. (2010). O que a vida lhes ensinou. In Nóvoa, A.;Finger, M. O método (auto)biográfica e a formação. Brasil, Natal, São Paulo: Edufrn, Paulus.

Dosse, F. (2009). O desafio biográfico: escrever uma vida. Brasil: Edusp.

Ferrarotti, F. (2010). Sobre a autonomia do método biográfico. O método (auto)biográfico e a formação (pp. 31-57). Brasil, Natal, São Paulo: Edufrn, Paulus.

Ferrarotti, F. (2014). História e histórias de vida: o método biográfico nas ciências sociais. Trad. Maria Passeggi, Carlos Braga. Brasil, Natal, Edufrn.

Finger, M. (2014). As implicações socioepistemológicas do método biográfico. In Nóvoa, A.; Finger, M. O método (auto)biográfica e a formação, Brasil, Natal, São Paulo: Edufrn.Paulus, pp.189-222.

Freire, Paulo. (1992). Pedagogia da esperança: um reencontro com a Pedagogia do oprimido. Brasil, Rio de Janeiro, Paz e terra.

Gadamer, H-G. (1996). Le problème de la conscience historique. Paris, Éditions du Seuil.

Gusdorf, G. (1998). La parole. França, Paris, PUF.

Josso, M.-C. (2010). Experiência de vida e formação. Brasil, Natal, São Paulo: Edufrn; Paulus.

Nóvoa, A.; Finger, M. (2010). (Org.) O método (auto)biográfico e a formação. Natal, São Paulo, Brasil, Paulus, Edufrn,

Passeggi, M. C. (2016, jan./abr). Narrativas da experiência na pesquisa-formação: do sujeito epistêmico ao sujeito biográfico. Roteiro, Joaçaba, Brasil, (volumen. 41, n. 1), p. 67-86.

Passeggi, M. C. (2011, septiembre-diciembre). Aproximaciones teóricas a las perspectivas de la investigación (auto) biográfica en educación, Traducido del portugués por: Dora Lilia Marín Díaz, Revista Educación y Pedagogía (vol. 23, núm. 61), pp. 25-40.

Passeggi, M. C. (2010). Narrar é humano! Autobiografar é um processo civilizatório. Invenções de vidas, compreensão de itinerários e alternativas de formação. (pp. 103-130). Brasil: Cultura Acadêmica.

Passeggi, M.C. (2000). Memorial de Formação: processos de autoria e de (re)construção identitária. Recuperdo de https://www.fe.unicamp.br/eventos/br2000/india.htm

Passeggi, M.; Braga, C. (2014). Franco Ferrarotti: por uma humana ciência. In: Ferrarotti, F. História e histórias de vida: o método biográfico nas ciências sociais. Trad. Maria Passeggi, Carlos Braga. Brasil, Natal, Edufrn, pp. 151-155.

Passeggi, M. C. y Souza, E. C. (2017). O Movimento (Auto) Biográfico no Brasil: Esboço de suas Configurações no Campo Educacional. Investigación Cualitativa, (2, 1), pp. 6-26. DOI: http://dx.doi.org/10.23935/2016/01032

Pineau, G. (2006, maio/ago). As histórias de vida em formação: gênese de uma corrente de pesquisa-ação-formação existencial. Educação e Pesquisa, São Paulo, Brasil (volumen 32, n.2).pp. 329-343.

Pineau, G. (2005, set./dez.). Emergência de um paradigma antropoformador de pesquisa-ação-formação transdisciplinar. Sáude e Sociedade (volumen.14, n.13), pp.102-110.

Pineau, G.; Le Grand, J-L. (2012). As histórias de vida. Trad. Maria Passeggi; Carlos Braga. Natal, Brasil, Edufrn.

Ribeiro, G. P.; Domingos, R. M. (2013, jan./jun.). A atitude antropofágica: devorar é a melhor maneira de significar. Ipotesi (volumen 17, pp. 69-80). Recuperado de http://www.ufjf.br/revistaipotesi/files/2011/05/Ipotesi_17.1-CAP07.pdf

Ricoeur, P. (1994). Tempo e Narrativa, Tomo I. Campinas, Brasil, Papirus. Ricoeur, P. (2010). Escritos e conferências 1: Em torno da psicanálise. Brasil, Loyola

Santos, B. de S. (2002). A razão indolente. Contra o desperdício da experiência. Brasil, São Paulo, Cortez.

Souza, E.C; Serrano, J.A.; Y Ramos, J.M (2014). Autobiografía y educación. Tradiciones, diálogos y metodologías. Revista Mexicana de Investigación Educativa, 62.3, Ciudad de México, pp. 683-694.

Schulze, T. (1993). Pedagogía con orientación biográfica. Educación. Colección semestral de aportaciones alemanas recientes en las ciencias pedagógicas (Vol. 48, pp. 78-100). Instituto de colaboración científica Tubingen.

Suárez, D. (2014). Espacio autobiográfico, investigación educativa y formación docente em Argentina. Revista Mexicana de Investigación Educativa. (19, 62), pp. 763-786, Mexico.

Kuhn, T. (1997). A estrutura das revoluções científicas. São Paulo, Brasil, Editora Perspectiva S.A.

Touraine, A. (1992). Critique de la modernité, Paris, França, Fayard.

Publicado
2020-06-30
Métricas
  • Visualizaciones del Artículo 2568
  • PDF downloads: 1241
Cómo citar
Passeggi, M. da C. (2020). ENFOQUES NARRATIVOS EN LA INVESTIGACIÓN EDUCATIVA BRASILEÑA. PARADIGMA, 57-79. https://doi.org/10.37618/PARADIGMA.1011-2251.2020.p57-79.id929